segunda-feira, 26 de abril de 2010

Cubanos vão às urnas para renovar assembleias municipais

Eleitor sai da cabine de votação para escolher delegados das assembleias municipais, em Havana.


Cuba começou neste domingo as eleições para renovar os delegados das assembleias municipais do Poder Popular com a abertura dos colégios de votação às 7h no horário local (8h em Brasília).

Mais de 8,4 milhões de cubanos estão aptos a irem às urnas para escolher 15.093 membros das 169 assembleias municipais da ilha, em um pleito que é realizado a cada dois anos e meio.

Estão concorrendo nessa eleição 34.776 candidatos, escolhidos em mais de 50 mil assembleias realizadas em Cuba, onde governa o Partido Comunista, o único permitido.

Além disso, 325.464 jovens maiores de 16 anos votarão hoje pela primeira vez.

As 30 mil mesas de votação permanecerão abertas até as 18h no horário local (19h em Brasília).

Por Rafael Moreira

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Adesão da China a sanções contra Irã pode isolar o Brasil

Lula desembarca na base da Força Aérea de Andrews, em Maryland, para participar da cúpula nuclear.

A posição brasileira de rejeitar novas sanções contra o Irã poderá ser posta em xeque caso a China decida apoiar as medidas, dizem analistas ouvidos pela BBC Brasil. "Se a China concordar com novas sanções, isso vai mostrar que as grandes potências mundiais estão preocupadas com a questão nuclear do Irã", diz Mauricio Cárdenas, diretor da Iniciativa para a América Latina do Instituto Brookings, de Washington. "E ignorar esse fato não é a direção correta a ser tomada por um país que deseja ser uma potência global", afirma.

A questão nuclear iraniana deverá estar no centro dos debates a partir desta segunda-feira, quando representantes de 47 países, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participarão da Cúpula sobre Segurança Nuclear organizada pelo governo americano em Washington. Até o momento, Brasil e China têm adotado discursos semelhantes sobre o assunto, com manifestações contrárias à imposição de uma quarta rodada de sanções da ONU contra o Irã e com a defesa do diálogo como melhor caminho.

Nas últimas semanas, porém, Pequim vem dando sinais de que poderia mudar sua posição. O governo chinês já aceitou "discutir" a questão das sanções e, na última quinta-feira, enviou um representante a uma reunião entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha para debater o tema. "O Brasil talvez tenha de acabar apoiando as sanções se a China assim o fizer", diz Alireza Nader, especialista em Irã da Rand Corporation.

Por Rafael Moreira